Piquenique de sonhos

por Leonardo Akira

No ultimo sábado (27) aconteceu o primeiro piquenique do MJD – Santo Antônio. O grupo de Curitiba, assessorado pelo promotor internacional de missão e caridade Leonardo De Laquila, partilhou e discutiu sobre o aprofundar-se e encontrar-se com Deus.

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Com a cortante garoa que caía e o friozinho típico curitibano, não fomos ao parque como planejado, mas tivemos um encontro muito agradável. Além do grupo da paróquia, o grupo do colégio do Rosário também esteve presente. Aproveitamos este momento para agradecer a Ir. Neusa pelo apoio, presença e retorno que nos tem dado. Muito obrigado Irmã. A vossa
presença no nosso meio é motivo de grande alegria.

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Além dos jovens do MJD, o grupo da pós crisma da paroquia também esteve presente, cerca de 20 jovens puderam conhecer um pouco sobre a espiritualidade dominicana e experimentar esta experiência. Para este momento de reflexão, Léo escolheu um texto muito belo: o peixe e o mar.

“- Sei que é grande e profundo, mas não vos quero enganar. Sei de peixes que já desceram ao fundo do mar. Quando os ouvir falar percebi que não conheço o mar. Perguntem-lhes a eles, que vos saberão falar do mar. Eu nunca desci muito fundo. Bem, talvez uma ou duas vezes… Um dia as ondas eram tão fortes que eu tive de me deixar levar muito fundo, para não morrer. Nunca lá tinha estado e nunca esquecerei que lá estive. Apenas vos sei falar bem da superfície do mar…” 

IMG-20140930-WA0016  Foi uma tarde muito agradável, falamos nossos sentimentos e moções que nos tocaram com o texto e partilhamos no jardim do pátio nossos alimentos para fechar nosso encontro com chave de ouro.
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“Da parte dentro da sala foi muito bom. Gostei bastante. Deu para aprender muita coisa e foi uma ótima experiência”, diz Júlia Ziemmermann, participante do pós crisma da Paróquia Santo Antônio.
A noite tivemos um encontro mais reflexivo e de planejamento. Assessorado pelo Léo, montamos nosso calendário de fim de ano, nossas maiores demandas e nosso foco de trabalho. Foi um fim de semana muito proveitoso, repleto de alegrias, sonhos e projetos. Não podemos deixar de agradecer ao Léo por estar presente conosco, de caminhar ao nosso lado, mostrando os caminhos que podemos seguir.

“Malditas sejam todas as cercas! Ruralistas não nos representam!”

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Com colaboração de Carol e Evandro

“Malditas sejam todas as cercas! Ruralistas não nos representam!”. Era isso o que dizia uma das faixas que Kátia Abreu teve de ler ao fazer caminhada pelas ruas do Pé do Morro nesta sexta, 5 de setembro. Meninas do grupo de jovens da cidade se mobilizaram para questionar a atuação da senadora, uma das principais representantes da bancada ruralista no Congresso Nacional, candidata a reeleição pelo estado do Tocantins.

Durante a manhã, meninas confeccionam as faixas para o protesto

Durante a manhã, meninas confeccionam as faixas para o protesto

Horas antes da passeata, o grupo se reuniu em casa para produzir as faixas e discutir a maneira de exibi-las sem cair em possíveis provocações. Não estávamos em grande número, mas o que chamou atenção foi a coragem das meninas em empunhar as bandeiras para expor suas ideias. No início, era visível a preocupação nos rostos delas, mas foram se empoderando da situação e percebendo que o ato fazia parte do exercício da sua cidadania e que seria bastante importante mostrar sua posição na cidade, que acompanhava pela primeira vez um protesto desse tipo. Nem o sol quente do verão tocantinense as intimidou.

Comitiva da senadora se aproxima das faixas estendidas pelo grupo

Comitiva da senadora se aproxima das faixas estendidas pelo grupo

Muitas pessoas vieram nos perguntar o que significava a manifestação e por que estávamos contrários à presença de Kátia Abreu em nosso município. Aqueles que faziam parte da comitiva tentavam nos esconder com suas faixas, o que mostrou o incômodo e mal estar gerados. Alguns, ainda, soltaram frases ofensivas, mas tínhamos certeza de que estávamos exercendo nosso direito de expressão em um espaço público. Nossa satisfação foi imensa ao ver a senadora lendo a nossa faixa “Trabalhador, não vote na Rainha da moto$$erra”.

Kátia Abreu no momento em que se deparou com as faixas de protesto

Kátia Abreu no momento em que se deparou com as faixas de protesto

Depois, pessoas da cidade vieram nos dizer que nunca haviam questionado as razões para votar na senadora. “A gente aqui não sabe de muita coisa, e acaba votando por votar. Agora não voto mais nela!”, disse uma moradora. Isso nos deu a sensação de missão cumprida.

Sabemos que é um ato pequeno diante da força dos ruralistas na corrida eleitoral e na atual conjuntura do país. Porém, no “mundo do Pé do Morro”, se não estivéssemos lá, teria sido mais uma passeata de aplausos e aclamações àquela que é a maior opositora dos direitos de camponeses, indígenas e quilombolas.

Por que protestamos contra Kátia Abreu?

– É a maior representante do agronegócio, que envenena os solos e a água, que expulsa os camponeses de suas terras, que gera os conflitos no campo, que concentra a riqueza, que destrói as florestas, que lucra com o esgotamento dos recursos naturais e com a exploração e escravização dos trabalhadores. Ela não nos representa!

– É líder da bancada ruralista no Congresso Nacional. Na discussão da PEC do trabalho escravo, fez de tudo para desqualificar as ações dos fiscais do trabalho que libertam os trabalhadores. Para ela, as péssimas condições que humilham o trabalhador e tiram sua dignidade não são escravidão. Ela não nos representa!

– Em seus discursos e ações parlamentares, Kátia Abreu alega que os povos indígenas têm muita terra e que o certo seria destinar essas áreas ao agronegócio. É o agronegócio que tem muita terra: 80% do território pertencem a apenas 10% dos proprietários, que empregam apenas 16% da mão de obra do campo. Ela não nos representa!

Por tudo isso, reafirmamos: “Malditas sejam todas as cercas! Ruralistas não nos representam!”.

Protesto atrai a curiosidade das pessoas na rua

Protesto atrai a curiosidade das pessoas na rua

Carta das Irmãs Dominicanas do Iraque

por Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena no Iraque
(via CONIC – Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil)

Queridos,
Continuamos a compartilhar com vocês a nossa luta diária, esperando que o nosso grito alcance o mundo. Somos como o cego de Jericó (Mc 10, 46-52), que não tinha outro modo de expressar-se, mas a sua voz, clamando a Jesus por misericórdia. Embora algumas pessoas tivessem ignorado sua voz, outras ouviram-na e lhe ajudaram. Contamos com as pessoas que irão ouvir!

Entramos na terceira semana de desocupação. As coisas estão andando muito devagar em termos de fornecimento de abrigo, alimentação e necessidades para o povo. Ainda há pessoas vivendo nas ruas. Ainda não há acampamentos organizados em volta das escolas que são usadas ​​como centros de refugiados. Um edifício inacabado de três andares também tem sido usado como um centro de refugiados. Por razões de privacidade, as famílias fizeram quartos usando lonas de plástico fornecidas pela agência de refugiados das Nações Unidas nesses edifícios inacabados. Estes locais parecem estábulos.
Todos nós nos perguntamos, tem um fim à vista? Estamos agradecidos por todos os esforços feitos para fornecer ajuda às pessoas desalojadas. No entanto, por favor, notem que o fornecimento de comida e abrigo não é a única coisa essencial de que precisamos. Nosso problema é muito maior. Estamos falando de duas minorias (cristãos e iazidis) que perderam suas terras, suas casas, seus pertences, seus empregos, seu dinheiro; alguns foram separados de suas famílias e entes queridos, e todos são perseguidos por causa da sua religião.
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Nossos líderes religiosos estão fazendo o máximo para resolver o problema. Eles se reuniram com líderes políticos, com o presidente do Iraque e do Curdistão, mas as iniciativas e ações desses líderes políticos são muito lentas e modestas. Na verdade, todas as reuniões políticas não levaram a nada. Até agora, nenhuma decisão foi tomada sobre a atual situação das minorias refugiadas. Por esta razão, a confiança nos líderes políticos diminuiu, se é que ela ainda existe. As pessoas não conseguem mais tolerar. É um fardo muito pesado. Ontem, um jovem expressou que ele preferia morrer a viver sem dignidade. As pessoas sentem que a sua dignidade lhes foi extirpada. Estamos sendo perseguidos por causa da nossa religião. Nenhum de nós jamais pensou que iríamos viver em campos de refugiados por causa disso.
É difícil acreditar que isso esteja acontecendo no século XXI. Gostaríamos de saber o que está acontecendo exatamente. É um outro plano ou acordo para subdividir o Iraque? Se isso é verdade, por quem e por quê? Por que os eventos da divisão do Oriente Médio, que aconteceram em 1916, estão se repetindo agora? Naquele tempo era uma questão política e inocentes pagaram por isso. É evidente que há pessoas pecaminosamente astutas dividindo o Iraque, agora. Em 1916, perdemos sete de nossas irmãs, muitos cristãos morreram, e muitos outros se dispersaram. É apenas por acaso que novamente enfrentamos essa divisão ou ela é deliberada?
No entanto, a luta não é só nos campos de refugiados. O que aconteceu em nossas cidades cristãs, que foram evacuadas, é ainda pior. O Estado Islâmico (IS) forçou a saída de suas casas de todos aqueles que não deixassem suas cidades até a noite de 6 de agosto. Ontem, setenta e duas pessoas foram expulsas de Karakosh. No entanto, nem todos eles chegaram; aqueles que chegaram ontem à noite estavam em condições miseráveis. Eles tiveram que atravessar o rio Al-Khazi (um afluente do Grande Zab) a pé porque a ponte havia sido destruída. Ainda há um bom número do outro lado da margem do rio. Não sabemos quando eles vão conseguir chegar a Erbil. Depende da situação e das negociações entre os curdos e o Estado Islâmico. Algumas pessoas foram buscar os idosos e aqueles incapazes de andar. Uma de nossas irmãs foi buscar seus pais, e contou sua história. Outra mulher disse que ela foi separada de seu marido e dos filhos, e ela não sabe mais nada deles; eles estão, provavelmente, entre aqueles que estão no outro lado do rio, ou eles podem estar entre os reféns tomados pelo Estado Islâmico. Além disso, uma menina de três anos de idade foi pega do colo de sua mãe e não se tem notícias dela. Não sabemos por que o IS está expulsando as pessoas de Karakosh, mas temos ouvido de quem acabou de chegar que os militantes do IS estão levando barris para Karakosh e os conteúdos são desconhecidos.
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Além disso, sabemos de quatro famílias cristãs que estão presas em Sinjar há mais de três semanas; eles provavelmente estão ficando sem comida e água. Se eles não receberem ajuda, vão morrer lá. No momento, não há nenhum contato com eles, e não há nenhuma maneira de negociar com o IS.
Quanto à nossa comunidade, sabemos que o nosso convento em Tel Kaif está sendo usado como uma sede do Estado Islâmico. Além disso, sabemos que eles entraram em nosso convento de Karakosh. Aqueles que chegaram recentemente disseram que todas as imagens, ícones e estátuas foram destruídas. Cruzes foram retiradas do topo das igrejas e substituídas pelas bandeiras do IS. Isso não acontece somente em Karakosh e em Tel Kaif. Em Baqofa, uma de nossas irmãs ficou sabendo que a situação estava calma, então ela voltou com algumas poucas pessoas para buscar remédios. Ela encontrou o convento todo revirado; tudo foi aberto e todas as coisas espalhadas pelas peças. Na hora em que entraram no convento, três bombas atingiram a cidade. Eles sairam imediatamente.
Além do que está acontecendo com os cristãos, ontem, sexta-feira, dia 22, um homem-bomba xiita e homens armados atacaram a mesquita sunita de Abou Mussab em uma vila que está sob o controle do governo iraquiano na província de Diyala, deixando 68 mortos. É de partir o coração saber que pessoas estão sendo mortas enquanto estão rezando. Em termos da mídia e da liberação de notícias, esse massacre tem ofuscado o que está acontecendo com os cristãos na planície de Nínive. Temos medo de que nossa luta se torne apenas o nosso próprio problema e não tenha um impacto a mais no mundo.
Por fim, temos a dizer que as pessoas estão perdendo a paciência. Elas sentem falta de tudo de suas cidades de origem: as igrejas, os sinos das igrejas, suas ruas e seus bairros. É penoso para elas ouvirem que suas casas foram saqueadas. Embora eles amem suas cidades, a maioria das pessoas já está pensando em deixar o país para que possam viver com dignidade e ter um futuro para seus filhos. É difícil ter esperança no Iraque ou confiar na liderança do país.
Por favor, lembrem-se de nós em suas orações.

Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político?

por Osvaldo Meca

Desde ontem, dia 1, até dia 7 (domingo), os brasileiros são chamados  para votar no Plebiscito popular para uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. Trocando em miúdos: podemos votar se queremos que uma Constituinte (ou seja, que mexe na Constituição) se reúna, exclusivamente e sem interferência do Congresso, para debater e propor a reforma do atual sistema político. Entre as pautas específicas, estão o Financiamento Público de Campanha e uma maior representatividade. O Movimento Juvenil Dominicano do Brasil apoia o plebiscito e é a favor da Constituinte.

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O Financiamento público de Campanha a princípio pode parecer um negócio da China, mas, se olhado com atenção, é uma forma muito boa de afastar o poder econômico das elites das decisões para o bem público. Hoje, grandes empresas financiam (investem) em campanhas políticas. Assim, se um candidato ou um grupo de candidatos são eleitos, se disponibilizarão para trabalhar não em prol do interesse comum, mas em prol daqueles que investiram em suas campanhas. Com o financiamento público isso não tem como acontecer.

Outro ponto sentimos desde os protestos de Junho de 2013. A falta de representatividade. De fato, há no congresso bancadas que não nos representam. Não só não nos representam como trabalham contra o interesse comum. É o caso da bancada ruralista, pro exemplo. Uma bancada grande, apoiada por latifundiários e escravistas que detêm a partir da posse da terra. Com a reforma política, poderemos dimunuir o poder dessas bancadas, e a representatividade será obrigatória, pois terá índios, negros, jovens, sindicalistas, mulheres, homossexuais no Congresso.

Para estudar mais sobre a proposta de Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, acesse a cartilha.

“Ok. Entendi. E como votar?”

Você pode votar de duas formas.

1ª – Pode votar on-line pelo endereço: http://bit.ly/VoteConstituinte

2ª – Pode procurar uma urna perto de você. Basta procurar nesta página: http://www.plebiscitoconstituinte.org.br/urnas

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No site do Plebiscito têm muitos materiais bacanas. Vale conferir: http://www.plebiscitoconstituinte.org.br/

Você também pode colocar nas suas redes sociais que apoia o plebiscito e a Reforma Política. Uma das ferramentas é mudando a foto de seu perfil: http://twibbon.com/support/constituinte-j%C3%A1-5#

Por fim, compartilhamos a carta de apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, lançada em 29/08/2014.

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, atenta à sua missão evangelizadora e à realidade do Brasil, reafirma sua convicção, como muitos segmentos importantes da sociedade brasileira, de que urge uma séria e profunda Reforma Política no País. Uma verdadeira reforma política melhorará a realidade política e possibilitará a realização de várias outras reformas necessárias ao Brasil, por exemplo a reforma tributária.

Esclarecemos que este Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Reforma Política não está vinculado a nenhum partido político, tão pouco a nenhum candidato a cargos políticos eletivos, embora não haja restrição do apoio de bons políticos do Brasil.

Várias tentativas de reforma política foram feitas no Congresso Nacional e todas foram infrutíferas. Por isto, estamos empenhados numa grande campanha de conscientização e mobilização do povo brasileiro com vistas a subscrever o Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Reforma Política Democrática, nº 6.316 de 2013, organizado por uma Coalizão que reúne uma centena de Entidades organizadas da sociedade civil, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Movimento contra a Corrupção Eleitoral (MCCE) e a Plataforma dos Movimentos Sociais.

O Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Reforma Política Democrática se resume em quatro pontos principais: 1) O financiamento de candidatos; 2) A eleição em dois turnos, um para votar num programa o outro para votar numa pessoa; 3) O aumento de candidatura de mulheres aos cargos eletivos; 4) Regulamentação do Artigo 14 da Constituição com o objetivo de melhorar a participação do povo brasileiro nas decisões mais importantes, através do Projeto de Lei de Iniciativa Popular, do Plebiscito e do Referendo, mesclando a democracia representativa com a democracia participativa.

Durante Semana da Pátria, refletiremos sobre nossa responsabilidade cidadã. Animamos a todas as pessoas de boa vontade a assinarem o Projeto de Lei que, indubitavelmente, mudará e qualificará a política em nosso País. A Coalizão pela Reforma Política e a coordenação do Plebiscito Popular coletarão assinaturas e votos, conjuntamente. Terminada a Semana da Pátria, cada iniciativa continuará o seu caminho.

Trabalharemos até conseguirmos ao menos 1,5 milhões de assinaturas a favor desta Reforma Política.

“No diálogo com o Estado e com a sociedade, a Igreja não tem soluções para todas as questões específicas. Mas, juntamente com as várias forças sociais, acompanha as propostas que melhor correspondam à dignidade da pessoa humana e ao bem comum. Ao fazê-lo, propõe sempre com clareza os valores fundamentais da existência humana, para transmitir convicções que possam depois traduzir-se em ações políticas” (Evangelii Gaudium, 241).

A Nossa Senhora Aparecida, Mãe e Padroeira do Brasil, suplicamos que leve a Jesus as necessidades de todos os brasileiros. E Ele, com toda certeza, nos atenderá. “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2, 5).